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24-01-2006

Devemos, portanto, estar satisfeitos com o escrutínio


Editorial - Presidenciais

As eleições presidenciais do passado domingo elegeram para Presidente da nossa República um português de carácter, um homem honesto e trabalhador. Devemos, portanto, estar satisfeitos com o escrutínio e honrar os vencidos com a dignidade que pelo menos, alguns deles merecem.

Cavaco Silva dissolveu ontem, com clareza, a maioria que o elegeu Presidente da República. Obrigou-se ao código moral da democracia e com a ideia de que "o Estado não é um feudo dos que ganham".

Cavaco será, pois, o presidente de todos os portugueses e isso ficou claro no seu discurso de vitória. Exigimos agora que cumpra.

Por outro lado, a vitória de Cavaco Silva, não foi uma surpresa, relativamente às sondagens que nos foram oferecidas ao longo da campanha eleitoral e até nisso houve alguma tranquilidade ou naturalidade.

O resumo destas eleições poderá ser feita talvez desta forma simplista:

  1. A direita conquistou uma vitória saborosa e aesquerda perdeu o Palácio de Belém que detinha desde o 25 de Abril de 1974.
  2. O PS dividiu-se e o eleitorado socialista reprovou claramente a escolha de José Sócrates.
  3. Alegre relançou uma forma de política de cidadania, útil à esquerda, mas sobretudo decisiva para o futuro das direitas, se quiserem manter uma dinâmica de vitória.
  4. O fim da linha para Soares e para os soaristas.
  5. Afinal, Cunhal não estava tão senil quando decidiu que Jerónimo seria o sucessor de Carvalhas.
  6. Uma nova coabitação se inaugura sem dramas ou preconceitos.

Feito de uma forma talvez demasiado linear o rescaldo destas eleições deter-me-ei nalguns aspectos que me pareceram absolutamente reprováveis no dia e na noite das eleições.

Em primeiro, a violência com que foi executado um boicote eleitoral no norte. Nada justifica a ocorrência.

Depois, a cómica sequência de caras que o Dr Mário Soares protagonizou ao mostrar que não iria falar para as televisões quando acabou de votar, ao contrário do que fez nas autárquicas de 2005, onde não se coibiu de apelar ao voto no filho. Por muito menos o JB levou uma multa de 2500€ nas eleições autárquicas de 2001. Mas, o pior é que ninguém sabe ao certo se Soares pagou alguma coisa ou foi sequer condenado pelo seu lamentável atropelo à democracia. Resta-nos a consolação de o filho não ter, desta vez, invocado o voto no pai.

Por fim, a incompreensível e tormentosa noite de atropelos que as televisões fizeram aos candidatos, na ânsia de colocarem sempre no ar o mais mediático político iludidas com contas ao “share” televisivo.

O clímax desta orgia mediática culminou com o “apagão” à alocução do candidato Manuel Alegre. Incrível esta gestão televisiva na era dos gravadores digitais. Inaceitável que se sobreponha quem quer que seja a um dos candidatos quando se dirigia aos seus eleitores e aos portugueses.

Que sentido de serviço público vai nos nossos média? Nem quero pensar que a “fita” tenha sido manobrada pelo gabinete de marketing político do primeiro-ministro pois isso seria mau demais para ser verdade.

António Granjeia*
*Administrador do Jornal da Bairrada


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